Que a poesia me salve
de mim,
da borda
de precipício
onde meus pés
passeiam,
das minhas mãos
cheias
de melancolia
e vazias
de ruídos de alegria.
Que cada verso
me liberte
as asas
e me mergulhe
no azul,
mesmo me tolhendo
os passos,
necessito voar pro sul,
atrás dos pássaros
cantando suas cantigas,
ganhar o espaço.
E só a poesia,
amiga das horas insones
e das madrugadas
pode,
por fim,
me livrar de mim.
[elza fraga]
passeiam,
das minhas mãos
cheias
de melancolia
e vazias
de ruídos de alegria.
Que cada verso
me liberte
as asas
e me mergulhe
no azul,
mesmo me tolhendo
os passos,
necessito voar pro sul,
atrás dos pássaros
cantando suas cantigas,
ganhar o espaço.
E só a poesia,
amiga das horas insones
e das madrugadas
pode,
por fim,
me livrar de mim.
[elza fraga]