Tinha olho de borboleta
no momento da espera
na espreita
de colher a primavera,
sorriso de colibri
a adejar,
tentando molhar o bico,
num frenesi
de asas,
no doce das águas,
a calma do mar
na enseada
desaguando
a praia mansa
na alvorada,
e o corpo quente
das manhãs de verão
quando o sol,
inclemente,
castiga o vivente
até a exaustão.
Coração?
Tinha não!
[elza fraga]
Imagem: Internet
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Um doce pelo seu pensamento