QUEM VEM COMIGO

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

APRENDENDO A VOAR




Preciso menos dos pés
agora é metro meu chão
medido da mesma cor
do mesmo sangue e matéria
de que é feito o coração,
minha andança é voo
sobre pétalas encharcadas
de orvalho nas madrugadas,
e nesse espaço da vida
escutei da borboleta
(que a asa aberta em ferida
se rompeu
deu um aperto, explodiu
bem no meio do peito):
Mais nada há a ser feito...
E aprendi a lição
com mais
ou com menos sorte
só se precisa coragem
pra travessia
da morte

[elza fraga]