Eu te proíbo de partir daqui/ meu coração já arrumou o leito/
e só por hospedar-te enfim/
o meu peito não acerta um jeito/ de novamente se caber em mim.
[elza fraga]
QUEM VEM COMIGO
quinta-feira, 2 de março de 2017
NADA SERÁ COMO ANTES
Chegou/ e me trouxe um sorriso de sábado/ um livro/ uma rosa de prenda/ uma agenda na mão/ marcando o dia/ em que trouxe a alegria e a vida/
Partiu/ esquecendo a agenda na mesa/ e a certeza/ de que nunca mais/ serei a mesma.
[elza fraga]
NEM SEI
Nem sei de onde vem essa vontade/ de estender a alma na janela/ ao sol da tarde que mornamente ainda arde/ e avermelha o tom da minha pele/
Nem sei de onde vem esse ruido/ que me invade a concha do ouvido/ e se faz música/ e dança com meu corpo/ como se fosse eu um tronco oco/ no meio de floresta/
Nem sei de onde surge soberana/ a sua voz que me envolve toda/ e arrepia cada poro/ cada pelo/ cada fio de cabelo/ e que me prosta a seus pés como uma serva/ que se conserva/ silenciosa a espera do comando.
Nem sei de onde surge esse canto que enfeitiça/ e que me levita até o seu abismo/ e me faz mergulhar no oceano/ sem fazer planos/ sem cogitar de inflar meu salva-vidas/
Nem sei de onde surge essa hipnose/ que me desdita/ me suga a vida/ me traça o corte/
só sei que é morte!
elza fraga]
Nem sei de onde vem esse ruido/ que me invade a concha do ouvido/ e se faz música/ e dança com meu corpo/ como se fosse eu um tronco oco/ no meio de floresta/
Nem sei de onde surge soberana/ a sua voz que me envolve toda/ e arrepia cada poro/ cada pelo/ cada fio de cabelo/ e que me prosta a seus pés como uma serva/ que se conserva/ silenciosa a espera do comando.
Nem sei de onde surge esse canto que enfeitiça/ e que me levita até o seu abismo/ e me faz mergulhar no oceano/ sem fazer planos/ sem cogitar de inflar meu salva-vidas/
Nem sei de onde surge essa hipnose/ que me desdita/ me suga a vida/ me traça o corte/
só sei que é morte!
elza fraga]
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